Ergonomia corresponde à ciência que estuda a relação de trabalho entre o indivíduo e a máquina. De modo mais específico, a ergonomia cognitiva é um ramo que avalia o conjunto de fatores mentais, determinantes para as respostas emocionais apresentadas pelos colaboradores no meio laboral.
Sem dúvidas, apesar de ser um segmento de estudo relativamente recente, a ergonomia cognitiva está presente em um grande número de organizações, já que gera benefícios tanto para elas quanto para os trabalhadores.
A sua aplicação previne acidentes de trabalho e favorece o bem-estar individual.
O que é ergonomia cognitiva?
Como já foi dito, a ergonomia cognitiva é um campo de estudo da ergonomia que concentra atenção na saúde psíquica demandada ao trabalhador para executar as tarefas a ele atribuídas diariamente.
Dentre os processos mentais que esta área visa alcançar estão: atenção, concentração, memória, inteligência emocional, percepção e raciocínio lógico.
Isso porque, estas características estão diretamente ligadas ao trabalho, ou seja, quando aprimoradas podem impactar positivamente na produção.
Qual objetivo da ergonomia cognitiva?
De acordo o francês Louis Le Guillant, psiquiatra e estudioso da década de 50, o objetivo da ergonomia cognitiva é acompanhar trabalhadores de cargos que demandam qualquer grau de esforço mental.
Este é um tipo ergonômico que contribui significativamente na qualidade da produção e vida dos indivíduos.
Pode amenizar ou até mesmo eliminar riscos cognitivos como transtornos psicológicos acarretados pela pressão do ambiente empresarial, a perda de foco advinda da falta de harmonia entre o espaço e os colaboradores, e a redução da produtividade por fatores internos.
Exemplo de ergonomia cognitiva
Diversos eventos que ocorrem no ambiente de trabalho envolvendo percepção, memória de curto a longo prazo e a tomada de decisão podem ser considerados um exemplo.
Pensando nisso, trouxemos alguns exemplos da aplicação nos espaços de trabalho. Observe:
- Uso de avaliações psicológicas no recrutamento
Utilizar avaliações e testes psicológicos durante o processo de recrutamento é excelente para avaliar critérios como memória, atenção e raciocínio lógico do possível colaborador.
- Aplicação de treinamentos que despertam novas habilidades
Ela pode ser inserida através de treinamentos que oportunizem o desenvolvimento de novas habilidades do colaborador.
- Ponderação da jornada de trabalho
Analisar a carga horária do trabalhador na empresa, inclusive o tempo de intervalo, de modo a evitar sobrecarga é uma forma de incentivar a produtividade. Afinal, é comum que a atenção seja reduzida com a realização de atividades.
- Introdução da ginástica laboral
Trata-se de uma atividade física com potencial de elevar atenção, memória e bom humor dos colaboradores. A prática da ginástica libera hormônios favoráveis ao bem-estar.
- Organização do ambiente de trabalho
Manter o ambiente de trabalho organizado é uma forma de reduzir os estímulos de distração e estresse para manter o colaborador com atenção no desempenho das suas atividades.
Qual a diferença de ergonomia física e cognitiva?
Embora a ergonomia seja estudada sob a ótica de três dimensões: organizacional, cognitiva e física, as duas últimas possuem maior dificuldade de diferenciação para muitas pessoas.
No entanto, distinguir ergonomia física e cognitiva não é tão difícil assim. Enquanto a física lida com o corpo humano e sua relação com os esforços físicos e psicológicos, a cognitiva estuda essencialmente os processos mentais necessários a realização de tarefas.
Importância da ergonomia cognitiva no trabalho
A aplicação e aprimoramento da ergonomia cognitiva no meio de trabalho favorece as funções mentais desenvolvidas pelo colaborador. Além disso, promove diminuição de estresse e cansaço e consequentemente eleva o bem-estar.
Ela é importante porque molda um ambiente de trabalho mais confortável e produtivo. A rotatividade de funcionários é reduzida, pois este tipo ergonômico diminui a demissão de trabalhadores, evitando recursos para novos processos de seleção e treinamento.
Ergonomia cognitiva na prática
Na prática, a ergonomia cognitiva promove estímulos de foco e, por isso, evita a perda de atenção dos colaboradores.
Isso não somente proporciona maior produtividade, como também evita transtornos psicológicos comumente relacionados ao ambiente laboral, como Síndrome de Burnout, depressão, ansiedade e transtorno de pânico.